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Somos de um tempo de ida, de conquista de espaço, de abertura de mente. Mas é fato que a maturidade chega de mansinho num tempo de volta, volta à verdade bíblica, volta à verdadeira feminilidade que retorna pra casa, onde se formam os valores e as virtudes.

Que possamos ter uma boa viagem!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

ViVa o Casamento!

Essa é uma reportagem que saiu na revista veja de agosto de 2000. Achei interessante a defesa do casamento em tempos de difamação total dessa instituição tão relevante e necessária para a preservação da sociedade. Sem contar que o psiquiatra e presidente do instituto nacional para pesquisas em saúde nos EUA é crente e defende a religião como algo bom para a saúde mental, vale a pena acompanhar o trabalho desse irmão em Cristo que tem lutado bravamente pelo Reino de Deus em sua profissão. Boa leitura!



Sem elas, eles adoecem
mais e vivem menos

A constatação agora é científica: por trás de um
homem saudável, há sempre uma mulher zelosa.
Os solitários tendem a descuidar da própria saúde
Cristina Poles
Fotos Ricardo Benichio

"Como moro sozinho, a minha vida acaba sendo desregrada: trabalho até de madrugada, durmo só umas cinco horas por noite e é comum almoçar apenas um sanduíche. Só quando estou com namorada séria atinjo o peso ideal. Se ela me manda comer, obedeço." Edson Zampronha, compositor, 37 anos

Você não agüenta mais o zelo excessivo de sua dileta companheira? É adepto do provérbio do rei Salomão, segundo o qual essas pequenas cobranças são tão enervantes quanto goteira em dias de chuva? Levante as mãos para os céus e agradeça. O homem que tem uma mulher para chamar de sua é mais saudável que o solteiro, divorciado ou viúvo. A probabilidade de ele cair em depressão, abusar do álcool e das drogas, sofrer um acidente de carro ou cometer suicídio é menor. Entre os solitários, dobram os riscos de morte por infarto e hipertensão. Quadruplicam os óbitos por câncer de garganta e aumentam em sete vezes os casos fatais de pneumonia. Pode parecer conversa de solteirona desesperada para chegar ao altar. Não é. Estudos sérios têm demonstrado que o casamento (feliz, óbvio) faz um bem danado à saúde. E que os benefícios da vida a dois costumam ser maiores para eles do que para elas. A proteção vem sob a forma do lembrete da consulta médica, da importância de uma dieta equilibrada, do cuidado ao volante... Essa apoquentação é um santo remédio. Outro efeito maior da companhia feminina é baixar a ansiedade no parceiro, deixá-lo mais relaxado, contente e, portanto, saudável.
Há duas semanas, o professor americano Ross Stolzenberg, da Universidade de Chicago, levou ao encontro anual da Associação Americana de Sociologia o resultado da última pesquisa sobre o assunto. Depois de acompanhar 1.500 casais, durante três anos, Stolzenberg constatou: os riscos de um homem adoecer são quase 30% maiores se a mulher dele trabalha mais de quarenta horas por semana. A razão é simples: com um batente mais duro, fica difícil para ela controlar o estilo de vida do maridão. E, conseqüentemente, este passa a abusar das coisas erradas, tais como comidas gordurosas, bebida, cigarro e até.... Melhor deixar para lá. No entanto, não faz a menor diferença para uma mulher se sua cara-metade se esfalfa além da conta. Ao menos no que se refere à saúde. "Nessa área, eles realmente são mais dependentes que elas", sentencia Stolzenberg. Quando se trata de um solteiro, então, o quadro é pior. O médico David Larson, presidente do Instituto Nacional de Pesquisa em Cuidados de Saúde, dos Estados Unidos, chega ao ponto de comparar: um solitário não-fumante corre os mesmos riscos de um casado fumante habituado a consumir um maço de cigarros por dia.


"Por causa de minha mulher, eu me tornei muito mais saudável. Parei de fumar e de comer carne, aderi à ioga, reservo tempo para lazer e não acordo mais de ressaca."
Sérgio Palmiro Serra, designer gráfico, 38 anos, com a mulher, Cristiane
Sem a eterna vigilância feminina (para a qual o casamento pode ser um preço caro demais, emendaria um engraçadinho), os marmanjos perdem mesmo o instinto de sobrevivência. Passam a levar um cotidiano tão desregulado quanto relógio comprado em camelô. Aos 37 anos, o compositor paulista Edson Zampronha admite que só atinge seu peso ideal quando namora firme. "Ao compartilhar o dia-a-dia com uma namorada, minha vida fica mais regrada", reconhece. Sozinho, Zampronha não tem horário para dormir nem para comer. Nessas fases (ele passa por uma dessas agora), a geladeira é um deserto. Há momentos em que não tem nada além de água e pão preto. Alguma leitora se habilita a endireitar o sujeito? Não se trata, é claro, de defender o retorno das mulheres à mera condição de esposas amantíssimas de seus machos provedores. A revolução feminina iniciada na década de 60 não tem mais volta. Os dados dessas pesquisas, no fundo, só comprovam quanto as mulheres são decisivas para a manutenção da ordem e do equilíbrio dentro das mais diversas sociedades. E quase sempre tendo de enfrentar a dupla jornada. Sim, porque é um equívoco pensar que só começaram a trabalhar fora nas últimas décadas. O que aconteceu foi que elas romperam as fronteiras que as separavam das profissões bem remuneradas e socialmente valorizadas. Estudos mostram que, já na Pré-História, as mulheres eram muito mais que meras coadjuvantes. Além de cuidar da prole e da fabricação de artefatos, também saíam para caçar e ajudavam a defender o território de seu clã. Por natureza, a mulher é mais gregária. É ela quem organiza os contatos intrafamiliares e com os amigos – atividades que, descontados os encontros com a sogra, reduzem o stress de seus companheiros. Sozinho, o homem tende a se fechar e a se afastar dos círculos sociais tidos como saudáveis. Como já definiu o sociólogo americano David Popenoe, "a vida familiar é uma coerção civilizadora considerável para os homens". O designer gráfico paulista Sérgio Palmiro Serra assina embaixo. Aos 38 anos, dez meses atrás ele se casou com Cristiane, atriz de teatro. Antes do casório, Serrano fumava dois maços de cigarro por dia, cultivava hábitos sedentários, só fazia refeições à base de comida congelada, bebia diariamente e trabalhava madrugada adentro. Hoje, é um novo homem. "Graças à minha mulher, larguei o cigarro, bebo raramente, só trabalho durante o dia, faço ioga e tirei de minha dieta todo tipo de carne", conta. Nessa toada, quando chegar aos 48 anos, as chances de Serra viver até os 65 serão de quase 90%. Se continuasse solteiro, a probabilidade de isso acontecer baixaria para 60%. As estatísticas são da demógrafa americana Linda Waite, da Universidade de Chicago. Então, meu amigo, fica combinado o seguinte: o casamento acabou? Viva o casamento!  
 

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