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Somos de um tempo de ida, de conquista de espaço, de abertura de mente. Mas é fato que a maturidade chega de mansinho num tempo de volta, volta à verdade bíblica, volta à verdadeira feminilidade que retorna pra casa, onde se formam os valores e as virtudes.

Que possamos ter uma boa viagem!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Retorno à modéstia cristã

Refletir sobre o tema como uma mulher cristã deve se vestir fez-me ir ao livro de Jeff Pollard: Deus, o estilista, da editora Fiel. Foi uma leitura provocante, que trouxe à tona velhos questionamentos.

A glória de Deus e o amor a Cristo devem ser os motivos primários de tudo que fazemos, falamos, realizamos e pensamos; e isto inclui o que vestimos. Será que temos vivido e nos vestido de maneira santa, justa e piedosa, ou estamos negando a Verdade que tanto amamos, nos prendendo a algum tipo de moda pecaminosa, que expõem nosso corpo provocando o próximo. Glorifiquemos a Deus em nosso corpo e espírito, os quais pertencem a Ele; E para a glória Dele e por amor a Ele retornemos a modéstia cristã. Retornemos a uma forma de nos vestir e comportar que honre a Deus e não comprometa nosso testemunho.

Nosso corpo é templo do Espírito Santo (1Co 6.19) devemos adorná-lo de maneira digna do Evangelho de Cristo. Sendo assim, separei algumas pérolas desse livro para nossa reflexão:

“Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem de modéstia e bom senso”.
I Tm 2.9

Afinal, o que é modéstia? Temos várias definições nos dicionários da língua portuguesa, mas me deterei em como definiu esse termo o dicionário de Noah Webster -1828, ele define a modéstia como “aquela disposição humilde que acompanha uma estimativa moderada da dignidade e importância de alguém” E ainda diz,” Nas mulheres, a modéstia tem o mesmo caráter que tem nos homens, mas a palavra também é usada como sinônimo de castidade ou pureza de comportamento. Neste sentido, a modéstia resulta da pureza da mente ou do temor de sofrer desgraça e ignomínia, temor esse fortalecido pela educação e princípios. A modéstia sincera é encanto mais doce da excelência feminina , a mais preciosa jóia da coroa de honra das mulheres.”

De acordo com esta definição. A modéstia possui um conceito amplo, não limitado a conotação sexual. É um estado de mente ou disposição que expressa uma estimativa humilde de alguém a respeito de si mesmo diante de Deus, a modéstia, tal como a humildade, é o oposto da audácia e da arrogância; procura não atrair a atenção para si mesma nem se mostrar de maneira inconveniente. Webster relacionou a modéstia à castidade, porque castidade significa pureza moral, em pensamento e conduta. A pureza moral, à semelhança da humildade, não exibirá sensualidade nem ostentação.

George Knight III observa que “adornos e vestes constituem uma área com a qual as mulheres estão freqüentemente preocupadas e na qual existem grande s perigos de imodéstia e indiscrição”. Por isso, “o apostolo Paulo os estabeleceu como centro de sua exortação e ordenou que as mulheres ‘se ataviem com modéstia e bom senso’, de forma a manter a harmonia com sua confissão e vida cristã”. Por conseguinte, a modéstia é um dos elementos do caráter cristão, e nossas vestes devem fazer a mesma “confissão” que os nossos lábios fazem.

De acordo com Knight, a expressão “com modéstia” denota “um estado de mente ou atitude necessária com a qual alguém deve se preocupar e, como resultado, vestir-se com modéstia”. Significa “um sentimento moral, reverência, temor, respeito para com o sentimento ou opinião de outros ou para com a consciência de alguém; conseqüentemente, respeito próprio... senso de honra”. William Hendriksen disse que modéstia “indica um sendo de respeito aos limites de convivência”. Isto significa que a modéstia conhece os limites e deseja permanecer dentro deles – a modéstia não quer exibir-se.

Finalmente, a expressão bom senso tem entre os seus significados “o sentido geral de bom discernimento, moderação, autocontrole, que ao ser visto nas mulheres, é entendido como decência e castidade”. Bom senso significa “um domínio sobre as paixões do corpo, um estado de senhorio sobre si mesmo na área de apetites. Na realidade, Paulo estava dizendo que, quando essas atitudes controlam de modo autoconsciente a mente de uma mulher, o resultado é evidente em seu vestuário modesto.

Paulo proíbe o excesso e a sensualidade, pois estes influenciam a modéstia. A mulher crente tem que controlar, de modo consciente, suas paixões em vez de se arrumar de maneira requintada, dispendiosa e sensual. Se forem modestas, não chamarão atenção para si mesmas de maneira errada. As vestes da mulher verdadeiramente cristã não dirão: Sexo! Orgulho! Dinheiro!, mas sim: Pureza, humildade, moderação.

As instruções de Paulo nesta epístola estão relacionadas ao contexto da comunidade de crentes reunidos, mas não se limitam a esse contexto, pois há um princípio contido aí, as mulheres devem viver de acordo com sua confissão de fé, vestindo-se com modéstia e discrição. Temos, portanto uma ordem bíblica para o vestir-se com modéstia que começa no contexto de nossa adoração coletiva e estende-se ao nosso viver diário, afinal de contas sempre estamos na presença de Deus.

Podemos perceber que a modéstia não é primariamente uma questão de vestimenta, e sim uma questão do coração. Se o coração está correto diante de Deus, ele se governará em pureza, acompanhada de humildade, e se expressará em modéstia. Calvino fez a seguinte observação: “Temos sempre que começar com as disposições, pois, onde a devassidão reina no íntimo, não haverá qualquer castidade; e, onde a cobiça reina no íntimo, não haverá modéstia nas vestes exteriores” Ele conclui “Sem dúvida alguma, a vestimenta de uma mulher piedosa e virtuosa tem de ser diferente das vestes de uma prostituta... se a piedade tem de ser provada pelas obras, a verbalização de ser crente também precisa ser visível em vestes decentes e apropriadas”. Isto se aplica não somente à adoração coletiva, mas também ao viver diário. Embora seja verdadeiro que alguém pode se vestir com modéstia impulsionada por um motivo orgulhoso e pecaminoso, não é possível que alguém se vista com sensualidade e ostentação impulsionada por um motivo correto. Por conseguinte, a pureza e a humildade de um coração regenerado internamente têm de se expressar, em última instância, por meio de roupas modestas no exterior.

Estas verdades maravilhosas e transformadoras descritas na Palavra de Deus devem produzir um povo modesto, santo e humilde, um povo distinguível deste mundo perdido e condenado. Que possamos ser mulheres com esse padrão para a glória de Deus! 

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